Com opiniões divergentes sobre pontos cruciais da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, estão reunidos na manhã desta quarta-feira, 6, no Palácio do Planalto. Os ministros trabalham para fechar a proposta que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro quando ele retornar a Brasília, antes do envio do texto ao Congresso Nacional.

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Após a publicação da minuta da Proposta de Emenda à Constituição pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na última segunda-feira, Onyx disse discordar da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. Bolsonaro também se oporia a esse ponto, já que prefere uma idade menor para as mulheres. O pagamento de benefícios abaixo de um salário mínimo para idosos também gera divergências na ala política do governo.

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Já Guedes faz questão de uma reforma que tenha impacto fiscal significativo, de pelo menos R$ 1 trilhão. Os ajustes no texto – que foi chamado de “hardcore” pelo mercado, em uma avaliação positiva – farão com que essa economia seja alcançada em um prazo menor ou maior, entre dez e 15 anos, como o ministro confirmou nessa terça-feira.

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Na mesma terça, Onyx e Guedes tiveram reuniões em separado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que avisou que seguirá o rito tradicional do regimento da Casa para tramitação da proposta, que chegaria ao plenário apenas em maio.

Maia alertou que o governo ainda não tem os cerca de 320 votos necessários para aprovar a proposta na Câmara com alguma margem de segurança – o mínimo necessário em cada turno de votação é de 308 votos.