O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje que as regras propostas pelo pré-sal, incluindo o sistema de partilha, valerão também para o pós-sal em campos não licitados dentro da área geográfica enquadrada no projeto de lei como pré-sal. “Para o pós e para o pré-sal vale a mesma regra, dentro dos 149 mil quilômetros quadrados do pré-sal”, afirmou Lobão ao chegar ao Palácio do Itamaraty para participar de almoço em homenagem ao presidente de El Salvador, Mauricio Funes.

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Ontem, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, manifestou preocupação com o fato de os projetos de lei do pré-sal não fazerem uma definição geológica do pré-sal, mas apenas geográfica. Os empresários temem justamente o que foi confirmado por Lobão: que as regas de partilha valerão também para o pós-sal, dentro da mesma área.

O argumento dos empresários é de que como no pós-sal há menos petróleo e maiores riscos, o sistema de partilha poderia prejudicar a viabilidade da produção nesses outros campos acima da camada de sal. Lobão, porém, disse que o mesmo consórcio que conseguir o direito de explorar o pré-sal em um ponto específico poderá atuar também no pós-sal, naquele mesmo lugar, e assim fazer toda a exploração, simultaneamente.

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