Paraná responde por metade dos empregos no Sul

A pesquisa mensal de emprego do Ministério do Trabalho revela que 106.311, dos 237.737 empregos com carteira assinada criados este ano na região Sul, foram gerados no Paraná. Esse número significa que o Estado é, sozinho, responsável por 45% de todos os empregos diretos gerados pelos estados sulistas. De acordo com o relatório, no acumulado do ano, o Rio Grande do Sul aparece com 78.799 empregos e Santa Catarina, com 52.627.

“Os dados do Paraná superam os dos demais estados em função da política voltada para a geração de empregos adotada pelo governo paranaense, desde o início de 2003”, explica o secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, Reinhold Stephanes.

Como principais medidas que influenciaram esse bom desempenho, Stephanes cita a isenção de impostos para micro e pequenas empresas, a redução das tarifas de energia elétrica e o incentivo à criação de novas empresas, por meio do programa Bom Emprego, que difere o pagamento do ICMS para quem instalar indústrias no interior do Estado.

O secretário da Fazenda, Heron Arzua, que também avaliou o relatório do Caged, considera que a liderança do Paraná na geração de empregos na região Sul revela o êxito da economia paranaense nos 19 meses do governo Requião. “O estudo aponta o acerto da política fiscal do governo do Estado, de ampla proteção das empresas paranaenses, principalmente por via das instituições do regime favorecido da micro e pequena empresa, como também na diminuição da alíquota do ICMS nas operações internas entre contribuintes de 18% para 12%”, disse ele.

Segundo Arzua, outra medida que contribuiu para os números do Caged foi a decisão do governador Roberto Requião em não conceder aumento da energia elétrica, autorizado pela Aneel, na ordem de 25%. “Isso deixou dinheiro nas mãos das empresas e das pessoas, o que certamente favoreceu o aumento da renda e conseqüentemente a geração de novos empregos”, afirma.

Empregos

Segundo as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos 19 meses do mandato do governador Roberto Requião, já foram criados 168.681 empregos com carteira assinada no Paraná, enquanto no Rio Grande do Sul esse número chega a 126.480 e em Santa Catarina, 98.308. Durante esse período, mais de 500 mil empregos formais e informais surgiram no Estado.

Esses índices colocam o Paraná como o terceiro maior gerador de empregos do País, atrás apenas de São Paulo, com 39,4 milhões de habitantes e 648.302 empregos criados; e Minas Gerais, que gerou 283.721 novas vagas diretas e tem 18,9 milhões de habitantes. A população do Paraná é de 9,6 milhões de habitantes.

O Ministério do Trabalho revela ainda que, este ano, a região Sul só perde em geração de empregos para o Sudeste do País e o Paraná, somente de janeiro a julho de 2004, já criou mais empregos que regiões inteiras. Todos os estados da região Norte, por exemplo, foram responsáveis por 56.589 vagas de trabalho. Na região Nordeste, o número é ainda menor: 44.439. O Paraná quase superou, ainda, a região Centro-Oeste, que criou 121.792 empregos, apenas 14,5% a mais que o resultado paranaense.

Reflexo

Para o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Claúdio Slaviero, os resultados do Paraná refletem o esforço do governo do Estado para incentivar a geração de empregos através da adoção de diversas medidas na área fiscal. “Sabemos que, por uma série de fatores econômicos conjugados, inclusive a falta de investimentos do governo Federal em infra-estrutura, há uma dificuldade ímpar em se gerar empregos”, critica ele. “Esses números indicam que o País tem a capacidade de crescer e mostram não só a intenção, mas a prática do Paraná em contribuir decisivamente para reduzir o desemprego”, completou.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, o Paraná está mostrando que tem grande potencial e vem respondendo positivamente ao bom momento da economia. “A geração de novos empregos é resultado da força da indústria, da expansão do agronegócio e do aumento das exportações. É importante também destacar iniciativas que diminuíram a carga tributária das empresas no Estado e estão sendo fundamentais para que nossa economia cresça”, acrescenta Rocha Loures. (AEN)

Voltar ao topo