Paraná responde por 22,6% da safra nacional

O Paraná vai colaborar com 26 milhões de toneladas -22,6% da produção nacional – de grãos e algodão, para que o Brasil possa atingir o recorde de 115,2 milhões de toneladas na safra deste ano, número divulgado ontem pelo ministro da Agricultura. Se a produção nacional terá crescimento de 19,3% na comparação com o ano passado, o Paraná também vai registrar crescimento da produção (de 23,8%), já que em 2002 foram produzidas 21 milhões de toneladas. Esses dados foram apresentados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Paraná e são os indicadores considerados pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento como avaliação da safra 2002/2003.

Os produtos que correspondem a 95% desses resultados no Estado são o trigo, sorgo, soja, milho, feijão, amendoim, arroz e algodão. De acordo com o superintendente da Conab no Estado, Jorge Argemiro Dias, foram fatores determinantes para a produção os preços remunerados, as condições climáticas, a aplicação de tecnologia e insumos e os recursos financeiros. Segundo ele, o agronegócio gerou 37% dos empregos no Estado, assim como representou um incremento de 8,5% no Produto Interno Bruto (PIB).

A cultura do milho continua sendo a principal em termos de produtividade e mantém o Estado como líder na produção nacional. Apesar da área cultivada não ter sido ampliada de forma significativa, a produção deu um salto de 9 milhões para 11 milhões de toneladas. O gerente de suporte estratégico da Conab, Pedro Corrêa, avalia que essa diferença alcançada foi em função das boas condições climáticas.

O trigo vem em segundo lugar em termos de produtividade, com intenção de plantio de 1.160,6 mil hectares, para uma produção estimada de 2,3 milhões de toneladas. Teve impacto nesse resultado o nível tecnológico, o custo de outras lavouras, as cotações de mercado e o apoio da indústria. Pedro Corrêa, gerente de suporte estratégico da Conab, acrescenta que o produto acompanha o câmbio, e as expectativas de comercialização são boas, em torno de R$ 30 o tipo um. Outra vantagem para a cultura, diz Corrêa, é que a indústria está fazendo compra antecipada do produto, o que dá uma folga para os recursos governamentais que seriam disponibilizados.

Já a cultura da soja teve um incremento de 8,5% na área cultivada, e com isso o Paraná conseguiu igualdade em produtividade com Mato Grosso, maior estado produtor da cultura no Brasil. Os dois estados atingiram 3 mil quilos por hectare. A safra do Paraná – de 10,7 milhões de toneladas – vai representar 20% da produção nacional de soja. Hoje, 50% do produto está por ser comercializado. A redução na cotação do dólar provocou retração nas vendas. A saca estava sendo cotada na quinta-feira a R$ 33,50, contra R$ 43,93 em dezembro de 2002, maior preço obtido pela cultura. “Essa diferença está fazendo com que o sojicultor espere a reação do mercado para vender o produto”, finalizou Corrêa.

Voltar ao topo