em 2010

Paraná liderou exportações das cooperativas brasileiras

O Paraná liderou o volume de exportações das cooperativas brasileiras, que fecharam 2010 com crescimento de 21,76% sobre 2009 e faturamento recorde de US$ 4,417 bilhões. Com incremento de 10,05% ante 2009, as organizações paranaenses venderam US$ 1,64 bilhão ao exterior, o que representou 37,11% do valor exportado pelo país. A quantidade negociada pelo Paraná com outros países avançou 8,55%, totalizando 3,2 milhões de toneladas.

A análise faz também parte de um estudo elaborado pela Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Ao mesmo tempo, as cooperativas localizadas no Estado de São Paulo ampliaram sua participação em 57%, somando US$ 1,56 bilhão. Minas Gerais ocupou a terceira posição, com US$ 453,27 milhões de vendas ao exterior em 2010, respondendo por 10% das exportações do setor. O estado mostrou uma queda de 2,75% no volume, mas uma elevação de 26,9% nos valores.

“O resultado decorre da profissionalização na gestão das cooperativas e ainda a recuperação do crescimento no período pós-crise. Em 2010, o setor superou historicamente em 10% o valor exportado em 2008, de US$ 4,011 bilhões. Mesmo com a paridade cambial desfavorável às exportações e favorável às importações, a balança comercial do setor alcançou um superávit de US$ 4,14 bilhões”, informou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. No mesmo período, as importações do segmento registraram queda de 12,96% no comparativo a 2009, com um total de US$ 273 milhões.  

As quantidades exportadas também apresentaram uma recuperação significativa de 11,08%, acompanhando o desempenho da economia brasileira. No total, foram comercializadas cerca de 7,9 milhões de toneladas. Já em 2009, foram 7 milhões. Nas vendas do cooperativismo ao exterior, 99% dos produtos são oriundos do agronegócio. “Esse crescimento pode ser justificado pelo aumento na venda de açúcares e a aquisição de novos produtos por países com os quais o setor já possuía relações comerciais, como os Emirados Árabes Unidos, Nigéria e Arábia Saudita”, comenta Freitas.