Paraná gerou 60 mil novos empregos este ano

O Paraná gerou 60.048 empregos formais no primeiro semestre do ano, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado já ultrapassa o dos últimos 12 meses (59.925) e coloca mais uma vez o Estado como um dos três líderes no País na criação de novos postos de trabalho com carteira assinada. Junto com o Paraná, os destaques ficaram com São Paulo (251.975) e Minas Gerais (109.814).

“É um resultado muito positivo, pois representa que o Paraná está gerando uma média de 333 empregos por dia”, comemora o governador Roberto Requião. O levantamento aponta ainda que, entre os Estados do Sul, o Paraná fica com folga na liderança, já que detém mais empregos que a soma obtida por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Santa Catarina gerou 23.878 novos empregos e o Rio Grande do Sul, 30.726.

Ainda segundo o Ministério do Trabalho, a pesquisa baseada no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a taxa de crescimento do número de empregos formais do Paraná no período ficou em 3,99%, também o melhor dos Estados do Sul. A média nos três Estados sulistas ficou em 2,72%. Já o crescimento de empregos no País foi calculado em 2,51%.

Junho

Especificamente em junho, o resultado do Paraná ficou entre os quatro melhores do país. Foram 5.229 novos empregos no mês. São Paulo gerou 42.534 novos postos de trabalho, Minas Gerais 43.188 e Rio de Janeiro 9.393. Nos outros dois Estados do Sul, os resultados foram bem inferiores. Santa Catarina ganhou 1.538 empregos e Rio Grande do Sul perdeu 2.847.

Enquanto o Paraná gerou 60.048 novos empregos formais no semestre, os nove Estados do Nordeste juntos perderam 27.951 postos de trabalho. Já os sete Estados do Norte juntos geraram apenas 14.638 vagas. O pior desempenho no semestre ficou com Alagoas, que perdeu 24.069 empregos.

Para o governador Roberto Requião, o resultado do Paraná pode melhorar ainda mais. “Com as medidas fiscais, como a isenção do ICMS para as microempresas e a redução do imposto para as pequenas empresas esperamos recuperar a perda dos últimos anos”, prevê.

O governador aposta ainda em medidas como a dilação em 48 meses no pagamento do ICMS para novos investimentos industriais, na redução de 18% para 12% na cobrança do imposto nas operações dentro do Estado e em medidas pontuais como a redução de 18% para 7% na taxa cobrada dos principais insumos da construção civil.

Setores

Dos 60.048 novos empregos formais criados no primeiro semestre de 2003 no Paraná, 20.097 ficaram com a indústria de transformação, com destaque para o setor de alimentos, que gerou 11.900 novos postos de trabalho. A agricultura criou 18.096 empregos, seguida do setor de serviços (12.862) e do comércio (9.753).

Em junho, dos 5.229 empregos surgidos no Paraná, 1.796 ficaram com a agricultura. O setor do comércio ficou com 1.901 postos de trabalho. O setor de serviços ganhou mais 1.464 vagas. Já a indústria de transformação contratou mais 929 trabalhadores, sendo que o setor de alimentos também ficou na dianteira no mês com 279.

Média do País é recorde histórico

O desemprego no País subiu para 13% em junho. Essa é a maior taxa registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que teve sua metodologia alterada em outubro de 2001. Em maio, a taxa era de 12,8%. Já em junho do ano passado, o percentual de desempregados era de 11,6%.

De maio para junho, cerca de 20 mil pessoas perderam o emprego. O número de pessoas que passou a procurar um trabalho aumentou em 34 mil. No total, eram 2,735 milhões de desempregadas ou procurando emprego nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras.

A região que teve desemprego mais alto foi Salvador, com uma taxa de 17,9%. São Paulo teve desemprego de 14,5% em junho contra 14,6% em maio.

Renda

Os salários também continuam em queda. A renda média do trabalhador caiu 13,4% em junho de acordo com o IBGE.

Na média das seis regiões metropolitanas, em termos nominais, o rendimento correspondeu a R$ 847,90.

Os mais afetados pela queda na renda foram os trabalhadores por conta própria que viram seus rendimentos encolher 19,7% no mês passado. Já os trabalhadores com carteira assinada do setor privado tiveram sua renda diminuída em 9,4%. Os trabalhadores sem carteira do setor privado sofreram uma redução 8,6% nos rendimentos no mesmo período.

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