Paraná estuda barreiras para soja transgênica

Curitiba

  – O Paraná está em alerta diante da declaração do governo federal de manter a proibição do plantio de soja transgênica no País e tentar achar uma brecha na lei que permita o escoamento da produção atual. No caso de haver liberação da comercialização, a Secretaria da Agricultura do Estado poderá baixar resolução para preservar a produção estadual, pois os principais compradores não aceitam produtos geneticamente modificados.

“Com esta resolução, toda a carga de soja ou farelo que entrar no Paraná deverá ser acompanhada de um certificado negativo para transgenia”, diz o secretário Orlando Pessuti.

Antes disso, a Secretaria está sugerindo que o governo federal use a Lei Delegada 4, que permite o confisco ou retenção da produção nas propriedades. Outra opção seria a aquisição da soja pelo governo federal, que assumiria a responsabilidade da destinação final do produto geneticamente modificado.

Se for obrigado a baixar a resolução, o Estado do Paraná montaria postos de fiscalização em barreiras interestaduais, com técnico do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) e da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar).

Segundo a assessoria de imprensa do governo do Paraná, o Rio Grande do Sul admite que, da safra que será colhida agora, 80% é transgênica. O canal do porto de Rio Grande não tem profundidade suficiente para o embarque de navios de grande porte e Paranaguá acaba sendo a melhor opção. “A corrida para o embarque sem o devido controle pode comprometer toda a safra, por isso estamos procedendo todos os controles e adotando todas as medidas necessárias, assegurando a qualidade dos produtos paranaenses”, afirma Pessuti.

Voltar ao topo