Paraná abriu mais de 12 mil empregos em setembro

O Paraná fechou o mês de setembro com crescimento de 0,75% no nível de emprego formal, ou seja, saldo de 12.946 postos de trabalho. A maior parte das vagas (63,93%) foi criada no interior do Estado, enquanto 36,07% em Curitiba e Região Metropolitana. Foi o melhor setembro desde o início da série histórica – em 1990 – tanto na variação como no saldo de empregos. Até então o melhor ano havia sido 2002, quando o nível de emprego cresceu 0,67%, com a geração de 10.235 empregos. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).

O comércio varejista foi o segmento que puxou a geração de empregos no mês, com o saldo de 2.494 vagas, sendo 1.577 no interior e 917 na RMC. De acordo com o supervisor técnico do Dieese-PR, Cid Cordeiro, as contratações pelo comércio aconteceram por conta do Dia das Crianças. Também as contratações para as vendas de Natal já tiveram algum reflexo no mês. A indústria de alimentos e bebidas foi a segunda que mais gerou empregos (2.211), seguida pela indústria têxtil (1.096), serviços gerais (963) e hotéis e restaurantes (953).

No acumulado do ano (janeiro a setembro), o nível de emprego cresceu 8,72%, com a geração de 138.209 empregos. Os setores que apresentaram melhor desempenho no ano foram indústria de alimentos e bebidas (saldo de 22.738 empregos), comércio varejista (21.722), agricultura e silvicultura (16.369) e serviços gerais (10.982).

Para o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, o aumento do nível de emprego no Estado se deve não apenas à recuperação da economia, com os juros mais baixos do que o ano passado e a inflação também menor, mas à formalização das relações de trabalho (carteira assinada). “Na agricultura, especialmente, a informalidade é muito grande”, apontou Sandro Silva. Com o resultado de setembro, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Paraná é de aproximadamente 1,722 milhão.

Em comparação com outros estados, o Paraná ocupou no mês a 11.ª posição (0,75%), com variação menor que a média nacional, que foi de 0,80%. No acumulado do ano, passou para a 8.ª posição na variação (8,72%), acima da média nacional de 7,16%. No saldo de empregos, ficou na 3.ª posição, atrás de São Paulo, onde foram criados 597 mil empregos, e Minas Gerais (225 mil).

Para Cid Cordeiro, um dado importante verificado no nível de emprego no Paraná de janeiro a setembro é o fato de que nenhum dos subsetores da economia registrou índice negativo no período ou nos últimos 12 meses. “É um dado bastante importante. Até mesmo a construção civil teve aumento do nível de emprego de 6,52% no ano”, apontou Cordeiro.

Curitiba e região

O crescimento do nível de emprego em Curitiba e Região Metropolitana desacelerou em setembro. Enquanto em agosto o aumento havia sido de 0,90%, com o saldo de 5.973 empregos, em setembro caiu para 0,69%, com a geração de 4.670 empregos. “Normalmente, setembro é o pico do segundo semestre em geração de empregos. Este ano, a aceleração foi menor”, apontou Cid Cordeiro.

No ano, foram criados 36.528 postos de trabalho na RMC (crescimento de 0,69%), especialmente nos segmentos do comércio varejista (6.229 vagas), serviços gerais (5.326) e material de transporte / montadoras (3.619). No ano, o único subsetor que registrou queda do nível de emprego foi administração pública (-0,33%), com o saldo negativo de 97 postos de trabalho.

Entre as nove regiões metropolitanas do País, a RMC ocupou a quarta posição no mês, abaixo da média nacional, que foi 0,70%. No acumulado do ano, passou para a terceira posição (5,73%), acima da média nacional (4,65%). O Dieese estima que a taxa de desemprego na RMC é de 15%, o que corresponderia a aproximadamente 200 mil desempregados.

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