Para Ministério, importação não prejudica produção nacional

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, avaliou nesta segunda-feira (3) que o aumento das importações se deve à diversificação dos fornecedores, ao aumento da competitividade em relação aos produtos domésticos e ao crescimento da economia brasileira. Ele destacou, no entanto, que as importações não estão crescendo em detrimento da produção nacional. "As importações têm este viés de renovação do parque industrial", afirmou.

No acumulado de janeiro a novembro, as importações de bens de capital subiram 31,8% em relação a igual período de 2006. Matérias-primas e produtos intermediários aumentaram 30,1%, enquanto as encomendas de bens de consumo subiram 33,5%. Barral destaca que a participação de bens de capital e matérias-primas supera a de bens de consumo, apesar de ter este último aumentado sua participação de 12,9% em 2006 para 13,3% da pauta importada em 2007.

As importações de bens de capital representam 20,8% do total, e as de matérias-primas, 49,5%. Entre os produtos de bens de consumo, tiveram destaque as importações de automóveis, que subiram 63,7% em relação ao período de janeiro a novembro do ano passado. Barral avalia que este Natal terá mais produtos importados que o do ano passado, com o efeito do câmbio e do aumento do poder de compra do brasileiro. O secretário disse ver com naturalidade o crescimento das compras internacionais. "A expansão das exportações será acompanhada das importações, independentemente do câmbio, porque está havendo um processo de internacionalização das empresas e uma renovação do parque tecnológico das empresas", disse.

Barral, no entanto, evitou fazer projeções sobre eventual queda do superávit comercial nos próximos anos, apontada por alguns analistas. "O saldo de 2008 dependerá do preço do petróleo, que afeta tanto exportações quando importações, e do aumento ou da queda da demanda de mercados importantes para o Brasil", disse. Em novembro, o déficit da balança comercial de petróleo foi de US$ 700 milhões.

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