O Brasil está "protegido" dos reflexos da crise imobiliária dos Estados Unidos, pelo menos no curto prazo. Essa é a opinião de Anoop Singh, diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Não vejo o Brasil particularmente afetado pela crise", disse Singh, em evento no Diálogo Interamericano. "O Brasil é possivelmente o único país da América Latina que está revisando para cima suas previsões de crescimento.

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Luis Oganes, chefe de pesquisa de América Latina no JP Morgan Chase, compartilhou do otimismo de Singh em relação à economia brasileira. "O Brasil é um dos países que vai se sair melhor no novo cenário – os preços das commodities agrícolas continuam subindo, o País é um credor externo e reduziu drasticamente seu endividamento lastreado em dólar", disse Oganes. Segundo ele, o JP Morgan revisou para cima a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2007, de 4% para 5% – foi o único país da região que teve estimativa de crescimento revisada para cima.

Mas Oganes faz um alerta. Segundo ele, enquanto a contaminação na economia real do Brasil deve ser pequena, há possibilidades de impactos pelo canal financeiro. Para o economista, o Brasil pode ser um dos maiores prejudicados na região pelo aperto de crédito, porque o crescimento do PIB brasileiro se deu em cima de uma grande expansão de crédito. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

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