As medidas implementadas pelo Banco Central irão ajudar na ampliação da oferta de crédito, contribuindo para a melhora do financiamento de longo prazo, bem como ao segmento de pequenas e médias empresas. A opinião é do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. “As medidas vão permitir ao sistema financeiro expandir as operações de crédito de forma prudente e sem pressionar, adicionalmente ao já considerado, a demanda agregada”, avaliou ele, em nota ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

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São medidas, conforme Portugal, de aplicação voluntária, mas que criam estímulos adequados para as instituições financeiras ampliarem suas operações de crédito, atendendo a setores específicos de grande importância para a geração de emprego, como, por exemplo, as pequenas e médias empresas.

Em nota, o presidente da Febraban detalhou ainda algumas das mudanças anunciadas pela autoridade monetária. Ele lembrou que a autorização para até 50% do recolhimento compulsório de depósito a prazo serem utilizados para a contratação de novos créditos ou para a compra de carteiras poderá ter um impacto potencial na faixa de R$ 45 bilhões, conforme números do BC.

Além disso, o número de instituições elegíveis para receber estas operações foi ampliado de 58 para 134 e o valor do patrimônio de referência nível I das instituições para enquadramento no PSI foi reduzido à metade.

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O BC ajustou também os requerimentos de capital nas operações de crédito para o varejo para o prazo remanescente destas operações e permitiu utilizar o fator de ponderação de risco de 75% para operações de até R$ 1,5 milhão, mais do dobro do limite anterior.

“Como sugerido no parágrafo 25 da última ata do Copom, estas medidas aparentemente já estavam em consideração, sendo assim compatíveis com o atual padrão de política monetária. Como mencionado pelo BC, os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados, tendo os bancos feito ajustes necessários em suas carteiras, o que vem se refletindo na queda dos indicadores de inadimplência”, conclui Portugal.

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