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Para dirigente do Fed, taxa de desemprego dos EUA pode cair sem gerar inflação

O presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), James Bullard, afirmou que a taxa de desemprego ainda pode ir “muito para baixo” sem necessariamente gerar inflação. Há pouco, o Departamento do Trabalho americano apontou que a taxa de desemprego no país subiu ligeiramente, de 3,9% em dezembro para 4,0% em janeiro, como efeito colateral da paralisação parcial do governo entre 22 de dezembro e 25 de janeiro.

A declaração foi dada pelo economista em resposta a uma pergunta de um jornalista da emissora CNBC sobre quão baixo Bullard estaria disposto a ver a taxa de desemprego chegar antes de querer elevar os juros básicos, atualmente na faixa entre 2,25% e 2,50%.

Neste ano, Bullard tem direito a voto nas decisões de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do banco central americano.

Sobre o relatório de empregos, o famoso payroll, publicado nesta manhã, Bullard comentou que a forte criação de postos – foram 304 mil no mês passado – pode levar algumas pessoas a dizer que o crescimento da economia dos EUA vai voltar a acelerar a partir de agora. Mas ponderou que fatores externos ainda podem se colocar como obstáculos a esse aquecimento.

Portanto, reiterou que o Fed reagirá aos dados “à medida que eles forem sendo publicados”. Vale lembrar que o apagão na máquina pública federal americana atrasou a divulgação de diversos indicadores, inclusive o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre.

Quando à nova rodada de negociações entre os EUA e a China para buscar aparar gigantescas arestas na relação comercial, o presidente do Fed de St. Louis comentou que é necessário aguardar para ver se as partes chegarão a “algum tipo de acordo”. “Seria bom para os dois”, concluiu.

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