Para diretor do FMI, reforma visa dar mais voz a países emergentes

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, disse nesta quinta-feira (23) que durante as conversas com as autoridades brasileiras discutiu-se a reforma do organismo, que deve ocorrer em outubro. Ele explicou que três pontos estão em discussão e o primeiro é a fórmula de representação dos países. "Estive com autoridades monetárias e discutimos o calendário de reforma do FMI, discutimos a participação e a possibilidade de dar mais voz aos países emergentes", contou Rato.

Segundo ele, o Brasil é um País importante pela sua liderança nas discussões e o Fundo reconhece esse papel. "Queremos apoiar a posição do Brasil na reforma do FMI", disse o diretor. Ele anunciou também que está em discussão um modelo de receitas próprias para o FMI e um novo instrumento de prevenção de crises para países emergentes em posição sólida. Segundo ele, a idéia é evitar que esses países sólidos sejam contaminados por crises. Rato disse que a fórmula em estudo prevê um acesso imediato a crédito e, provavelmente, de 300% a 500% do valor da cota de contribuição do País ao FMI. "Estamos avançando na discussão, mas não há nada definitivo", relatou.

Ao ser questionado sobre a indicação da Rússia de Josef Tosovsky para sucedê-lo e o convite do ministro Mantega para que o candidato russo visite o Brasil, Rato respondeu: "Sou a pessoa menos indicada para dar opinião nesta questão.

Voltar ao topo