Para chefe do FMI, turbulência é o maior risco para o crescimento

O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Simon Johnson, avaliou que o equilíbrio de riscos para o crescimento global continua pendendo para baixo. Em entrevista coletiva à imprensa, concedida por ocasião da divulgação do relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais", Johnson afirmou que a maior preocupação é que os turbulentos mercados financeiros causem mais estragos para a demanda doméstica em países desenvolvidos e contagiem os mercados emergentes. Outros riscos incluem o avanço da inflação tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, assim como a continuação dos desequilíbrios globais.

"A política monetária enfrenta o difícil desafio de equilibrar os riscos de maior inflação e atividade econômica mais lenta, apesar de uma possível suavização dos preços do petróleo poder moderar as pressões inflacionárias", disse o relatório do FMI.

O FMI alertou que uma desaceleração mais aprofundada nos EUA ou em outras economias pode causar uma deterioração no crédito além da crise do mercado hipotecário de alto risco (subprime) norte-americano. Para o fundo, políticas são necessárias para lidar com as tensões de curto prazo e com a estabilidade de longo prazo. O FMI está trabalhando em conjunto com o Fórum de Estabilidade Financeira – grupo internacional formado por bancos centrais, reguladores e ministros das Finanças – para elaborar uma avaliação das causas da crise.

O diretor da divisão de mercados de capital do FMI, Jaime Caruana, afirmou na entrevista à imprensa que a maior parte do ajuste nos mercados financeiros já ocorreu, mas que "tensões persistem" e que alguns mercados emergentes podem não conseguir evitar o contágio. "A prioridade imediata deve ser reconstruir a confiança das contrapartes e a solidez financeira das instituições", disse Caruana. Ele acrescentou que as instituições precisam se focar na melhora da divulgação de informações e na manutenção de capital adequado. As informações são da Dow Jones.

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