Para BC dos EUA, economia cresce moderadamente

A economia dos EUA ganhou vigor no fim de 2010, mas permanece tão débil que as pressões inflacionárias estão contidas e o mercado de mão de obra continua fraco, diz o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Trata-se do sumário sobre as condições da economia norte-americana que servirá de base para as decisões de política monetária a serem tomadas na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), em 25 e 26 de janeiro. O relatório divulgado hoje foi preparado pelo Federal Reserve Bank de Boston, com base em dados coletados até 3 de janeiro.

Segundo o Livro Bege, todos os 12 distritos do Fed relataram alguma forma de fortalecimento da atividade econômica em novembro e dezembro. A expansão, porém, foi descrita como “moderada”, à medida que o vigor nos setores industrial e de comércio varejista foi contrabalançado pela debilidade nos setores imobiliário e de serviços financeiros.

O documento diz que as condições econômicas “melhoraram” nos distritos de Boston, Nova York, Filadélfia e Richmond; nas regiões cobertas pelos distritos do Fed de Cleveland, Atlanta, Chicago, Kansas City, St. Louis e Dallas, o crescimento foi entre “modesto e moderado”; o distrito de Minneapolis “continuou sua recuperação moderada” e o de San Francisco “firmou-se ainda mais”.

Nos 12 distritos, as redes do comércio varejista relataram vendas melhores do que na temporada de festas de fim de ano de 2009. Em algumas regiões, elas superaram as previsões. “Boston, Richmond, Atlanta, Chicago e Kansas City observaram que os clientes reagiram positivamente às promoções e aos descontos, mas Filadélfia e San Francisco relataram que os varejistas dependeram menos pesadamente dos descontos”, diz o Livro Bege.

O texto diz que os varejistas e as indústrias da maioria das regiões relataram aumentos nos custos, mas ressalvaram que a concorrência intensa fez com que os repasses de aumentos para os preços finais ao consumidor foram modestos.

O documento diz ainda que o mercado de mão de obra melhorou na maior parte dos EUA, com algumas empresas expandindo suas contratações. Ao mesmo tempo, o desemprego persistentemente alto está contribuindo para que as pressões de alta dos salários sejam “muito limitadas”.

O Livro Bege também observa que o setor de imóveis residenciais e as construções de novas moradias continuam fracos em todo o país. As informações são da Dow Jones.

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