A Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel) avalia que os contratos de arrendamento mercantil ganharão atratividade com o aumento da tributação das operações de crédito. Entretanto a entidade não mudará a projeção de crescimento dos negócios do setor para este ano.

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O presidente da Abel, Rafael Cardoso, acredita que o valor presente da carteira de leasing do País crescerá 30% em 2008, para cerca de R$ 78 bilhões. A projeção foi feita antes da mudança tributária e deverá ser mantida.

O avanço esperado para este ano se dará sobre uma base já alta, pois o saldo da carteira deve fechar 2007 em cerca de R$ 60 bilhões, com crescimento de mais de 75% em relação ao ano anterior. Em outubro, o portfólio estava em R$ 56,9 bilhões, com expansão de 75,8% sobre dezembro de 2006.

Na semana passada, o governo elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar parte da perda de arrecadação provocada pelo fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Como o leasing não é considerado operação de crédito, é isento de IOF. Em alguns casos, como no segmento de veículos, o leasing compete com o financiamento tradicional – ou o Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

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"O leasing será favorecido pela mudança tributária, porque houve um aumento de imposto em um produto (crédito) que já tinha desvantagem fiscal. Mas não acredito que essa mudança alavancará o setor", afirma Cardoso. Para ele, haverá certo grau de substituição do financiamento tradicional pelo leasing, mas não de forma tão expressiva.