Palocci e Furlan se contradizem sobre o câmbio

Brasília (AE) – Os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, deram ontem declarações divergentes sobre o câmbio. Palocci afirmou que, apesar da valorização do real, as exportações seguem batendo recordes. Furlan observou, porém, que essa avaliação só é válida no curto prazo. ?Na fotografia de hoje, ele (Palocci) tem razão. Mas nós aqui, por sermos a bandeira do desenvolvimento, temos a obrigação de olhar o futuro. Estamos colhendo hoje o que foi plantado em 2003 e 2004. E, no ano que vem, e nos anos subseqüentes, vamos colher o que estamos plantando agora?, alertou. ?O conforto de hoje não garante o sucesso de amanhã.?

Com isso, Furlan junta-se ao colega da Agricultura, Roberto Rodrigues, nas críticas à condução da macroeconomia. Em entrevista na terça-feira, Rodrigues alertou que o câmbio desvalorizado tem pesado contra o agronegócio, reduzindo a receita dos exportadores.

O ministro Furlan reconheceu que o Banco Central e o Tesouro Nacional fazem uma política autônoma de reconstituição de reservas e compras de dólares, mas alertou que os problemas derivados do câmbio desfavorável já começam a surgir.

Palocci reafirmou que o governo não alterará a política cambial, por dois motivos. ?Porque não é uma boa política e porque nunca dá certo.?

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