País tem entrada líquida de US$ 2,114 bi em março

O fluxo cambial voltou ao azul em março. Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o Brasil recebeu US$ 2,114 bilhões no mês passado, o que reverteu a tendência observada em fevereiro, quando o resultado havia sido negativo em US$ 399 milhões. Segundo o BC, o ingresso de dólares no mês passado foi liderado pela conta comercial: as exportações superaram as importações em US$ 2,394 bilhões. No mês, foram fechados contratos de US$ 16,221 bilhões referentes à venda de mercadorias e serviços brasileiros ao exterior e, ao mesmo tempo, outros US$ 13,826 bilhões foram registrados em contratos de importação.

Na conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 280 milhões no mês. Nessa conta, que concentra as transferências para compra e venda de ações e títulos, investimentos produtivos e remessas de lucros, entre outras transações, o mês terminou com ingressos de US$ 27,829 bilhões, cifra insuficiente para cobrir a saída de US$ 28,109 bilhões.

No primeiro dia de abril, o fluxo cambial registrou ingresso líquido de US$ 2 milhões. Com isso, o fluxo acumulado do ano até 1º de abril tem resultado positivo de US$ 2,792 bilhões, como consequência do saldo positivo de US$ 3,037 bilhões da conta financeira e do déficit de US$ 246 milhões do segmento comercial.

Compra de dólares

A compra de dólares realizada diariamente pelo Banco Central no mercado cambial à vista elevou as reservas internacionais em US$ 2,891 bilhões em março, segundo dados divulgados hoje pela instituição. No último dia do mês passado, as reservas somavam US$ 243,762 bilhões. Os dados do BC mostram que o ritmo das compras diárias aumentou expressivamente em março. No mês, a instituição adquiriu, na média, US$ 125,7 milhões a cada dia. O valor é 547% maior que o observado em fevereiro, quando as intervenções diárias somaram US$ 19,4 milhões na média.

O BC também informa que a posição comprada dos bancos no mercado cambial diminuiu para US$ 453,4 milhões em março. O valor é bastante inferior ao observado em fevereiro, quando as instituições estavam compradas em US$ 2,070 bilhões. Março foi o sexto mês consecutivo em que o sistema financeiro fica comprado na moeda norte-americana. No jargão do mercado, estar “comprado” em dólares representa a crença de que as cotações da divisa devem subir; estar “vendido” sinaliza expectativa de queda das cotações.

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