O diretor de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), André Favero, comentou nesta terça-feira, 27, que o País trabalha muito fortemente para entrar em uma rede de atração de investimentos importante. Um dos principais instrumentos para isso são os acordos de cooperação e facilitação de investimentos (ACFI), com quatro deles já fechados até agora: com Malawi, Angola, Moçambique e México. No caso da Colômbia o acordo já foi assinado, mas ainda precisa de aprovação do Congresso.

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“O Brasil está no caminho para assinar muitos acordos de investimentos. Estamos trabalhando firmemente para entrar em uma rede de atração de investimentos muito importante e o efeito prático disso é que haverá aumento de investimento”, afirmou durante palestra no seminário Investimento no Brasil e brasileiro no exterior, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet).

Ele reconheceu que o governo ainda está buscando o equilíbrio ideal entre o mercado externo e interno, mas afirmou que o comércio externo tem muito a contribuir com o PIB, gerando emprego e renda.

Favero disse que o governo já tem um arcabouço importante de políticas públicas para incentivar os fluxos comerciais, algumas das quais ainda precisam ser “ativadas”.

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Ele citou o exemplo do Reintegra, que foi criado com alíquota de 3%. “Naquela ocasião, vários executivos de multinacionais no Brasil disseram que, se o Reintegra fosse aprovado, teriam autorização para aumentar investimentos e dobrar as exportações a partir do Brasil no dia seguinte”, lembrou.

“Esse caso mostra como, às vezes, uma única política pública tem poder de mudar a tomada de decisão de uma multinacional”. Hoje, no entanto, em função da crise e dos problemas fiscais, o Reintegra foi reduzido para 0,1%.

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O representante da Apex lembrou que o investimento estrangeiro direto no Brasil está caindo quase 30% no acumulado deste ano, segundo a nova metodologia adotada pelo Banco Central. “O ambiente macroeconômico interno sempre tem momentos piores e melhores, mas o que fica na linha mais perene é como o setor público se porta e o ambiente de negócios também proporcionado pelo setor privado”, afirmou.