A proposta de Orçamento Geral da União para 2010 prevê um déficit da Previdência Social de R$ 38,9 bilhões. Esse valor representa uma queda em relação ao déficit de R$ 40,8 bilhões previsto para 2009. “A Previdência não tem rombo. Tem um déficit que está caindo”, afirmou o ministro, em entrevista coletiva.
Ele informou que o programa Bolsa-Família não terá reajuste no próximo ano. Observou que o aumento que será concedido a partir deste mês já é um pouco maior do que o governo planejava, para que não haja necessidade de aumento em 2010. “Resolvemos dar um reajuste um pouco maior e não dar aumento no ano que vem antes das eleições. Acho que isso ficou resolvido e evita bate-boca.”
Bernardo afirmou que as desonerações de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedidas a setores da economia no processo de combate aos efeitos da crise internacional não devem afetar as receitas de 2010. “A redução mais expressiva do IPI, que é sobre automóveis, tem data para acabar: vai até dezembro”, lembrou. Bernardo disse, no entanto, que no caso da redução de IPI para uma lista de materiais de construção deve estender-se um pouco mais, porque o setor tem um ciclo maior, por causa do tempo exigido para a realização das obras. “Mas o valor da desoneração é menor. Não tem muito problema”, disse o ministro.
