Oposição pretende lançar campanha pela redução de tributos

Em contraposição à desoneração de tributos incluída na Medida Provisória 252, de 2005, chamada "MP do Bem", o conjunto de medidas de aumento de impostos editadas pelo governo para compensar a perda de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi batizado pela oposição de "MP do Mal". A expectativa dos oposicionistas é que vários setores da sociedade se juntem ao movimento pela redução da carga tributária, que ganhou força com a extinção do chamado imposto do cheque.

No trabalho de convencimento da população, consultores econômicos do DEM e do PSDB estão trabalhando nos números do Orçamento deste ano, utilizando-se das novas previsões de crescimento da economia, para mostrar que o governo não precisa lançar mão de aumento de tributos para compensar o rombo de R$ 40 bilhões resultante da não prorrogação da CPMF.

As próximas divulgações dos resultados da arrecadação de 2007 e da de janeiro estão sendo consideradas pelos opositores como uma espécie de "hora da verdade" para indicar o crescimento das receitas do governo com o maior crescimento da atividade econômica nos últimos meses de 2007. "Vamos fazer um diagnóstico da economia apontando o excesso de arrecadação e mostrar que o governo não precisava aumentar impostos", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).

Com a previsão de maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2007, o PSDB já tem um relatório preliminar que mostra que o aumento de arrecadação do governo federal em 2008 será de R$ 19,99 bilhões. Essa previsão já leva em consideração a retirada dos R$ 39,29 bilhões que o governo deixará de arrecadar com o fim da CPMF.

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