OIE reconhece Paraguai como livre de aftosa

Londrina (AE) – A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) concedeu novamente o certificado de país livre de aftosa com vacinação ao Paraguai, condição que o país havia adquirido em janeiro do ano passado. A revalidação do certificado desmistifica a crença, não assumida oficialmente mas difundida entre pecuaristas e associações de produtores brasileiros e argentinos, de que o país vizinho teria sido o responsável pelo ressurgimento da aftosa em seus territórios. Brasil e Argentina tiveram casos da doença a partir de outubro do ano passado.

Os focos de aftosa surgidos no Mato Grosso do Sul – e depois estendidos ao Paraná, que ainda contesta a contaminação de seu rebanho – estavam próximos à fronteira com o Paraguai, onde o trânsito de animais ocorre sob controle deficiente. Essa deficiência será superada com o monitoramento via satélite do rebanho numa faixa de 10 quilômetros da fronteira, sistema que está sendo instalado sob supervisão do Ministério da Agricultura.

A confirmação da ausência da aftosa em território paraguaio foi feita durante a assembléia anual da OIE, que se realiza em Paris O organismo internacional também concedeu ao Paraguai o status provisório de país livre da encefalopatia espongiforme bovina, o ?mal da vaca louca?. A certificação permanente será concedida dentro de um ano se não surgir nenhum caso dessa doença, explicou o vice-ministro de Pecuária do Paraguai, Gerardo Bogado.

A confirmação de que está livre da aftosa ocorre num momento estratégico, pois o Paraguai será inspecionado nas próximas semanas por técnicos da União Européia. A inspeção determinará se o país poderá exportar para os europeus. Os maiores clientes dos paraguaios passaram a ser os chilenos, que, com o surgimento da aftosa no Brasil, suspenderam totalmente a importação da carne bovina brasileira em outubro do ano passado.

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