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OCDE reduz previsão de crescimento da economia global em 2019 de 3,7% a 3,5%

A economia global deverá experimentar um pouso suave nos próximos anos, mas há riscos crescentes de que barreiras comerciais, saídas de capital de países emergentes e o aumento dos preços do petróleo comprometam essa trajetória, segundo relatório de perspectiva econômica divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No documento, a OCDE estima que o crescimento da economia global provavelmente atingirá o ápice de 3,7% este ano e deverá desacelerar para o nível de 3,5% em 2019 e 2020. Anteriormente, a entidade previa avanço de 3,7% para o próximo ano.

Segundo a OCDE, as tensões comerciais que ganharam força este ano, principalmente entre Estados Unidos e China, já tiraram entre 0,1 e 0,2 porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2018.

A OCDE manteve sua projeções de expansão do PIB dos EUA em 2,9% em 2018 e 2,7% em 2019, prevendo uma desaceleração para 2,1% em 2020, à medida que diminuir o impacto de cortes de impostos e de aumentos nos gastos e que as altas de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começarem a pesar na economia.

Na avaliação da OCDE, os governos mundiais precisam preparar planos de gastos que possam ser implementados rapidamente e de forma coordenada para o caso de a economia global sofrer uma forte desaceleração, visto que os grandes bancos centrais quase já não tem mais instrumentos para combater um arrefecimento econômico.

Na última década, os bancos centrais foram os maiores responsáveis por salvar a economia global da desaceleração que se seguiu à crise financeira iniciada em 2008.

Num momento em que os bancos centrais retiram estímulos monetários ou se preparam para isso, a OCDE prevê que a taxa básica de juros do Fed deverá estar na faixa de 3,25% a 3,50% até o fim de 2019, ante o intervalo atual de 2% a 2,25%. Já o Banco Central Europeu (BCE) deverá voltar a elevar seu juro básico de mínimas históricas perto do fim de 2019, diz a entidade. Quanto ao Banco do Japão (BoJ), a OCDE acredita que a instituição talvez precise repensar sua estratégia e estabelecer uma nota meta de inflação.

A OCDE reduziu suas projeções de crescimento na zona do euro, Japão e China neste e no próximo ano, projetando desaceleração em todas essas áreas em 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.

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