EUA

Obama diz que desemprego continua ‘inaceitavelmente alto’

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar “encorajado” pelo fato de a economia dos EUA ter criado empregos em outubro, pela primeira vez desde maio. Mas ele ressaltou que a taxa de desemprego ainda está “inaceitavelmente alta”. Falando no Rose Garden, na Casa Branca, Obama afirmou que os EUA ainda estão em uma “batalha dura” para curar as feridas deixadas pela pior recessão desde a Grande Depressão.

Obama disse que está pronto para aceitar qualquer ideia, tanto dos republicanos como dos democratas, para fazer com que a economia do país cresça. O presidente prometeu incentivar as exportações norte-americanas durante sua viagem de uma semana para a Ásia.

Segundo dados do Departamento do Trabalho, foram criados 151 mil empregos nos EUA em outubro, com o setor privado gerando 159 mil vagas. O número ficou bem acima das estimativas, de criação de 60 mil postos. Os dados de setembro foram revisados para um corte de 41 mil empregos, menos do que a redução de 95 mil estimada anteriormente.

Mesmo assim, o desemprego nos EUA permaneceu em 9,6% em outubro. A elevada taxa foi tida como um dos principais fatores que permitiram o avanço dos republicanos nas eleições legislativas realizadas esta semana nos EUA, o que dificulta os planos de Obama para o restante de seu mandato.

Obama disse estar encorajado pelo setor privado ter registrado o décimo mês seguido de criação de empregos, mas ressaltou que “isso não é o suficiente”. “Um dado encorajador sobre o nível de emprego não faz diferença se você é uma das milhões de pessoas que ainda estão procurando trabalho.”

A maior parte dos empregos criados no setor privado foi na mineração e em diversas áreas do setor de serviços. A área de assistência médica continuou a gerar empregos. Mas o setor de manufatura, que foi o maior criador de vagas no início da recuperação econômica, cortou 7 mil postos de trabalho.

O presidente norte-americano reiterou que está aberto a qualquer ideia para fazer com que a economia cresça mais rapidamente, incluindo reduções nos impostos para pequenas empresas e facilitar a abertura de novos negócios. Obama comentou que cortar impostos para a classe média e prorrogar os benefícios para desempregados também ajudaria.

A redução de impostos foi motivo de debate entre Obama e os republicanos durante as eleições para o Congresso. A oposição e mesmo alguns democratas querem que essas reduções incluam também os mais ricos, enquanto Obama disse que o país só pode bancar reduções para a classe média. Esta semana, após a vitória dos republicanos na Câmara dos Representantes, Obama disse que estava aberto a se comprometer com a questão dos impostos.

O presidente afirmou que os EUA não podem aturar uma disputa entre os dois partidos, porque os principais rivais do país, incluindo a China, não estão esperando parados. Obama também afirmou que um dos principais fatores para expandir a economia seria aumentar as exportações norte-americanas. Ele definiu uma meta de dobrar as exportações do país em cinco anos e está embarcando para uma viagem de uma semana para a Ásia, onde deve visitar a Índia, Japão, Indonésia e outros países. As informações são da Dow Jones.

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