Novo reajuste do telefone poderá ser parcelado

O reajuste extra das tarifas de telefonia fixa, referente ao aumento do ano passado, deverá ser parcelado. A proposta de dividir o impacto da alta nas contas de telefone, apresentada ontem pelo ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, foi vista com simpatia pelas empresas, segundo o presidente do Conselho de Administração da Telemar, Otávio Azevedo.

?Ouvi das empresas que elas aceitam uma negociação para o parcelamento?, confirmou o ministro após almoço com representantes de todas as concessionárias de telefonia fixa (Telefônica, Telemar, Brasil Telecom, Embratel, CTBC Telecom e Sercomtel).

O reajuste extra das tarifas neste ano corresponde à mudança no indexador utilizado para o aumento de 2003. Isso porque na semana passada o STJ (Superior Tribunal de Justiça) restabeleceu o IGP-DI como indexador para o reajuste, suspendendo a liminar da Justiça Federal de Brasília, que havia determinado o cálculo do aumento anual pelo IPCA, índice oficial de inflação que teve variação inferior ao previsto nos contratos de concessão.

Oliveira informou ainda que o reajuste não deverá ser aplicado imediatamente neste mês. Caso a aplicação do aumento fosse feita de uma única vez, as contas poderiam ficar cerca de 16,5% mais caras em média, considerando o aumento deste ano (6,89%) e a diferença relativa ao reajuste de 2003.

O ministro admitiu que o adiamento do reajuste e o seu parcelamento vai representar uma folga na inflação de julho, mas destacou que a medida significa principalmente um alívio para o bolso do consumidor.

Desde a última sexta-feira, as contas de telefone fixo estão em média 6,89% mais caras devido ao reajuste anual de 2004. Apenas no Estado do Rio de Janeiro, a Telemar foi proibida de aplicar o aumento autorizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) por determinação da Justiça.

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