Novo presidente da Fiep aposta em crescimento

Otimista com a indústria brasileira e prevendo o crescimento econômico do País. Assim pode ser definido o perfil do novo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, que tomou posse ontem, numa cerimônia mais contida devido à morte do presidente anterior da instituição, José Carlos Gomes de Carvalho. A cerimônia de transferência de posse só ocorreu devido a obrigações estatutárias da federação. O bufê que estava preparado para após a posse foi doado a uma instituição filantrópica.

Para Loures, a atividade econômica brasileira deve melhorar num horizonte de curto prazo. Mesmo assim, ele destacou que algumas amarras como a alta taxa básica de juros (Selic) e a quantidade de tributos, podem diminuir o ritmo de crescimento. “Os juros não deveriam ser uma ferramenta para conter a inflação e sim para estimular o consumo. Mas o importante é que sabemos que o desenvolvimento é uma missão da comunidade empresarial. Não podemos ficar apenas esperando ações governamentais”, disse.

O novo presidente da Fiep destacou que a gestão e capacitação profissional de cerca de 900 empresas, que são responsáveis por 95% do ICMS arrecadado no Estado é fundamental. Ele disse que economia não é algo que se possa prever, mas que estima que o crescimento da indústria paranaense, que este ano foi de 4%, deve girar entre 7% e 8% em 2004. “É consenso entre todos os empresários e entidades representativas do Brasil que devemos nos associar para formular estratégias para ações no campo político. Hoje o empresário preocupa-se apenas com seus interesses ou no máximo de um setor. Esse comportamento político tem que ser desenvolvido”, afirmou, destacando que no tocante às exportações o Estado deve buscar uma aprendizagem compartilhada, contando também com apoio do governo federal.

Apoio aos pequenos

Loures defendeu a criação de programas regionais para identificar as necessidades e as potencialidades das pequenas e micro empresas do Estado. “Após identificado isso, vamos buscar recursos junto ao governo federal e aproveitar as estruturas do Sesi e do Senai para qualificar os pequenos empresários”, relatou. Loures lembrou que no ano passado o Senai atendeu 80 mil pessoas. “Se o aumentássemos os recursos em 20% poderíamos dobrar o número de atendidos”, contou.

Voltar ao topo