O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse que a nova administração da instituição não tem a intenção de reduzir o volume de financiamentos rurais para seguir o entendimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que é preciso “desestatizar” o crédito.

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“O ministro Guedes não fala do Banco do Brasil quando fala em desestatizar o crédito. Quando ele fala em aumentar a competição, isso passa pelo aumento do número de competidores e não pela redução do papel do BB”, afirmou, após cerimônia de transmissão de cargo na sede do banco.

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Novaes avaliou que há um entendimento tanto do Banco Central como do Ministério da Economia de que seria necessário menos subsídios nos juros do crédito rural e mais apoio ao seguro agrícola. “Essa posição talvez venha para o Banco do Brasil como uma diretriz de governo, mas ainda não participei de nenhuma discussão nesse sentido”, acrescentou.

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Questionado sobre os altos juros cobrados no mercado de crédito e se a sua gestão no BB buscará a redução dos spreads, Novaes respondeu que essa é uma questão macroeconômica que não cabe ao banco resolver. “Isso passa primeiro pelo alto endividamento do Estado e pelas perspectivas futuras sobre as contas públicas. A competitividade bancária é um segundo ponto”, alegou. “Esse governo está trabalhando para melhorar as contas públicas. Com isso poderemos ter juros compatíveis com as taxas internacionais”, completou.