Nova ameaça de greve na Renault

Quatro trabalhadores da Renault estão acampados na frente da fábrica da empresa, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Róbson Jamaica, Alceu dos Santos, Gilberto Miranda e Irineu Carvalho, todos membros da comissão interna que representa os trabalhadores da Renault, foram afastados no final de semana após instauração de processo investigatório.  

O problema teria sido originado na sexta-feira, depois de convocação de hora extra no sábado, não aceita pelos trabalhadores. Segundo Róbson Jamaica, no sábado os cerca de 1,5 mil trabalhadores do turno não quiseram entrar no trabalho. ?Não houve bloqueio?, disse ele.

Segundo relatos de Jamaica e do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a Renault instaurou um processo investigatório contra os quatro representantes dos trabalhadores, que foram afastados de suas atividades.

Os quatro empregados afastados e o restante dos trabalhadores aguardam um posicionamento da empresa até amanhã, segundo o sindicato da categoria. Caso a empresa não reveja sua decisão e permita o retorno ao trabalho, ameaçam optar por protestos diários ou entrar em greve por tempo indeterminado.

Renault

A Renault manifestou ontem, em nota, que o expediente do último sábado foi programado para realizar ajustes nos volumes de produção e que a ação dos delegados sindicais ?impediu a produção neste dia de centenas de veículos?. Segundo a nota, ?essas pessoas impediram o livre acesso dos ônibus de transporte dos colaboradores às instalações fabris, com o que impediram também a circulação de pessoas e veículos na região?.

A empresa afirma que apenas suspendeu os causadores do transtorno e pediu à Justiça que apure os fatos. ?Neste momento, os delegados sindicais estão afastados, mas não estão demitidos da empresa?, informa a nota.

Ainda no texto, a empresa afirma que ?é política mundial da Renault ter delegados sindicais e um canal aberto de negociação com os sindicatos em todos os países do mundo onde atua?.

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