Missão no Chile abre oportunidades para o Paraná

A missão governamental e empresarial do Paraná ao Chile, liderada pelo governador Roberto Requião, retorna hoje a Curitiba depois de três dias de negociações, realização de parcerias, de acordos bilaterais entre portos e universidades e, ainda, com o apoio da Embaixada do Brasil e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para realização de um programa de ajuda aos pequenos agricultores.

Todos os 26 empresários paranaenses e as quatro entidades representativas do empresariado do Estado integrantes da missão conseguiram parceiros para a importação e exportação de produtos. “Muitos negócios puderam ser fechados nas rodadas de entendimentos, no corpo-a-corpo. Outros ficaram agendados para um futuro próximo. Mas o importante é que abrimos definitivamente um canal de comércio com um dos países de maior possibilidade de crescimento da América Latina”, avaliou Requião.

O governador destacou também que a ação do Paraná está firmando as potencialidades do Estado no contexto do Mercosul. “Já abrimos portas com missões na Argentina e no Chile. A próxima etapa será a realização de viagens de negócios no Paraguai, Uruguai e Bolívia”, anunciou. “Dentro desse trabalho de prospecção de negócios, estamos colocando o Paraná em evidência no mercado latino-americano. O Paraná já é um dos estados de melhor desempenho nas exportações brasileiras”.

A postura de Requião foi elogiada pelo embaixador do Brasil no Chile, Gelson Fonseca Júnior. “É notável e é raro ver um governante brasileiro se dedicar tanto à essa necessidade de integração”, disse o diplomata ao lembrar também que o governador foi presidente da Comissão do Mercosul do Senado. O embaixador disse ainda que espera novas missões paranaenses ao Chile e que o Paraná dá exemplo na união entre países do Mercado Comum do Sul, meta tão almejada pelo governo federal brasileiro.

FAO

Além dos negócios realizados entre empresários, Requião considera como expressivos os entendimentos que manteve com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Numa reunião realizada com o subdiretor-geral e representante da entidade para a América Latina, Gustavo Gordillo de Anda, o governador acertou a realização de um projeto para a agricultura do Paraná.

“É uma parceria que vai proporcionar mais apoio tecnológico aos agricultores, especialmente aos pequenos, para que possam produzir mais, gerar mais emprego e ampliar o programa de combate à fome”, disse Requião. “A idéia é envolver grupos públicos e privados para que a FAO possa pôr sua estrutura e financiamento à disposição do Paraná”.

O representante da FAO disse que o Brasil, o Chile e o México são países da América Latina que devem ter prioridade no combate à miséria. “Dentro desse contexto, o Paraná merece atenção especial já que é um Estado muito forte no agronegócio e tem na agricultura familiar um forte componente”, declarou. “Outro fato importante é que o Estado tem o maior porto graneleiro do mundo”.

O governador Roberto Requião também esteve nos portos de Valparaíso e San Antonio, os dois mais importantes do Chile. A visita serviu para que o governo do Paraná pudesse obter informações detalhadas sobre os dois terminais e repassar dados sobre o Porto de Paranaguá. “É o início de um intercâmbio efetivo entre portos latino-americanos”, avaliou.

Requião e a comitiva acertaram ainda um intercâmbio entre universidades paranaenses e chilenas e também definiram uma troca de conteúdos entre a TV Paraná Educativa e as televisões chilenas. As duas propostas tiveram total apoio do embaixador Gelson Fonseca Júnior. “O Paraná é vanguarda no Brasil nesse processo de integração”, destacou o diplomata.

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