Ministro descarta medidas para tranqüilizar bolsas de valores

Foto: Valter Campanato/ABr
Segundo o ministro da Fazenda, o governo brasileiro não deve divulgar ações ou pacotes econômicos para tranquilizar o mercado financeiro.

Brasília – Apesar das fortes baixas nas bolsas de valores de todo o mundo, o governo brasileiro não deve divulgar ações ou pacotes econômicos para tranqüilizar o mercado, afirmou hoje (21) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele, no entanto, disse que o início da semana foi marcado por uma sensação de ?quase pânico? na economia internacional.

?No Brasil não há necessidade de tomar nenhuma medida, por enquanto. Temos uma solidez econômica e essa solidez tem sido confirmada freqüentemente. Saiu uma matéria na última The Economist [revista inglesa especializada em economia] dizendo que o Brasil está sólido e preparado para passar por uma turbulência internacional?, avaliou Mantega.

Para o ministro, as quedas nos mercados de ações não significam necessariamente uma tendência: ?Um dia não é representativo. Hoje é um dia de quase pânico, eu diria, porque as bolsas caíram muito no mundo todo e isso traz um contágio. Mas isso não quer dizer que amanhã ou depois será assim?.

Caso se confirme a retração do mercado mundial, a conseqüência imediata no Brasil, de acordo com Mantega, poderá ser notada na balança comercial, por causa da queda no valor das exportações. Ainda assim, segundo ele, o país não deve sofrer grandes danos.

?Onde poderia haver alguma repercussão seria justamente na balança comercial. Se houver uma retração internacional, que ainda não está confirmada, poderemos ter uma queda no preço das commodities [produtos agrícolas e minerais] brasileiras e, portanto, uma queda do nosso saldo comercial. Mas que ainda assim continuará bastante positivo?, minimizou.

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