Mineropar ampliará exploração mineral

O Paraná tem grandes jazidas que poderiam ser melhor exploradas, colocando o Estado numa posição mais vantajosa nos cenários nacional e internacional na extração e comercialização de seus minerais. A afirmação foi feita pelo secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luis Guilherme Mussi, ao empossar, ontem, a nova diretoria da Mineropar.

Segundo o secretário, esse desempenho tímido na área mineral se deve ao pouco conhecimento do empresariado sobre as vantagens de se investir no segmento e a uma atuação política deficitária dos governos estadual e municipal. “A Mineropar tem exatamente essa função de fomentar a indústria e a pesquisa de novas jazidas, e é isso que vamos incrementar ao máximo”, explicou Mussi.

A missão de estabelecer estratégias para alavancar o crescimento da indústria mineral paranaense, expandindo também a divulgação da empresa, será do geólogo Eduardo Salamuni, que assumiu o cargo de diretor presidente da Mineropar. “Nossa primeira tarefa será atualizar o mapeamento do Estado em escalas que possam ser utilizadas por técnicos e geólogos”, adiantou Salamuni.

Riqueza

O solo do Paraná é formado por uma infinidade de riquezas minerais que podem ser exploradas. “Desde que essa exploração seja sustentada, pois estamos falando de recursos finitos”, lembrou Mussi. Hoje os minerais mais industrializados são a argila, presente na Região Metropolitana de Curitiba, que alimenta o Pólo Cerâmico; o calcário, também da região de Curitiba, que serve de matéria-prima para as indústrias de cal, cimento e uso agrícola; e a areia, que tem como principal fonte as margens do Rio Paraná.

As reservas de flúor do Paraná, localizadas principalmente em Cerro Azul, são as maiores da América do Sul, mas perdem em competitividade para o mineral existente no México. Essa preferência do mercado se deve à composição do flúor mexicano, cuja utilização é mais ampla (industrial e farmacêutica), diferente do similar brasileiro, mais indicado para uso industrial.

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