Miguel Jorge defende investimentos para combater crise

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta terça-feira (18) que apesar de a economia brasileira permitir que o País enfrente com muito mais tranqüilidade os efeitos da crise financeira internacional, os impactos não serão desprezíveis. Segundo Jorge, que participa de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, apesar de ainda não ser possível ter a dimensão exata desses impactos, haverá uma desaceleração do crescimento econômico.

Miguel Jorge defendeu a manutenção dos investimentos como um dos principais motores do crescimento econômico. “Se conseguirmos ser bem-sucedidos em manter uma taxa de crescimento razoável dos investimentos, poderemos estabelecer um limite para a desaceleração da economia no próximo ano”, afirmou o ministro. Ele afirmou que o governo tem adotado todas as medidas necessárias para tentar preservar o ritmo dos investimentos. “Para manter o ritmo dos investimentos, o crédito é uma variável crucial”, disse Miguel Jorge.

O ministro lembrou que o Banco Central tem tido uma atuação muito forte no sentido de manter os níveis de crédito, inclusive para as exportações. O ministro afirmou, porém, que as operações de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) estão se comportando de forma muito volátil nos últimos dias. Jorge afirmou ainda que não se pode apostar plenamente em elevado fluxo de investimentos diretos no próximo ano.

“Sustentar o crédito e o investimento deve ser, portanto, um dos focos principais da ação do governo para enfrentar a crise”, disse o ministro. Acrescentou que, nesse sentido, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem papel fundamental, porque participa com algo entre 10% e 15% do total dos investimentos na economia brasileira. Apesar de os temas da audiência na CAE incluírem a criação do Fundo Soberano do Brasil, o ministro não mencionou o assunto em sua exposição inicial.

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