Microcrédito vai ter juro maior que 2%

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse ontem que o CMN (Conselho Monetário Nacional) vai analisar, em sua próxima reunião, a possibilidade de mudar a regra sobre as taxas para o programa de microempréstimos lançados pelo governo. Anteontem, o Unibanco admitiu que terá prejuízo com o programa, pois a taxa de 2% ao mês estipulada pelo governo para os financiamentos não cobre os custos operacionais e de captação.

“Nós compreendemos que a taxa de 2% é bastante apertada. Vejo que os bancos trabalham na margem, na margem, na margem… Mas é preciso ter iniciativa nesse momento de retomada do acesso ao crédito, do crescimento. Tenhos certeza que os bancos vão se coordenar em torno dessa previsão do governo”, afirmou Palocci.

Segundo o Unibanco, a taxa mínima que o banco consegue cobrar em operações de microfinanças e garantir uma margem mínima de lucro é 3,9%.

“Vamos analisar nas próximas semanas, na reunião do CMN. Vamos tomar uma decisão que nos pareça possível de ser executada. Queremos um projeto [de microcrédito] que funcione”, afirmou.

No entanto, Palocci disse que “em princípio, nada muda”.

O ministro participou ontem do lançamento de fundo de financiamento da moradia, na Bovespa.

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