Os metalúrgicos da Volks/Audi, de São José dos Pinhais, retornaram ontem ao trabalho. Eles aceitaram a proposta da empresa – a única que ainda estava paralisada por causa da greve – e encerraram o movimento que durou oito dias. A aprovação da proposta ocorreu em assembléia realizada pela manhã na porta da fábrica.
Pela proposta, os quase 4 mil trabalhadores da montadora alemã instalada no Paraná terão 11% de reajuste salarial – 7,15% da correção da inflação acumulada nos últimos doze meses mais 3,6% de aumento real – a serem aplicados a partir de novembro e abono de R$ 2 mil a serem pagos no próximo dia 15.
Ficou definido também que os dias de paralisação serão descontados do adicional de horas extras dos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos estima que cerca de 5,1 mil veículos deixaram de ser produzidos desde o dia 1.º de setembro.
A campanha salarial dos metalúrgicos, que têm data-base em setembro, resultou ainda em 10% de reajuste para os funcionários da Renault/Nissan – 7,15% de reposição de inflação mais aumento real de 2,66% – e abono de R$ 1,5 mil pago no último dia 9. Na Renault, a greve durou quatro dias.
Os dias parados serão descontados do banco de horas dos trabalhadores. Na Volvo, que teve paralisação de apenas um dia, ficou acertado reajuste salarial de 10% e abono de R$ 1,5 mil. O dia não trabalhado será abonado pela empresa, segundo o sindicato dos trabalhadores.