Após a repercussão dos atritos entre o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em torno da articulação pela reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, buscou minimizar a crise e disse que o que está acontecendo é “perfeitamente natural”. Ele avaliou ainda, em tom otimista, que, mesmo que haja agora uma “queda de braço”, a reforma será aprovada.

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“O Brasil está enriquecendo politicamente e estamos vendendo história ao contrário. Falam em crise, não vejo assim; o que está acontecendo é perfeitamente normal”, disse Guedes em evento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

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Pouco antes, ele ouviu um apelo do presidente da FNP, Jonas Donizette, por uma postura mais atuante do governo e do presidente Jair Bolsonaro nessa articulação para evitar um “vácuo”.

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O ministro, porém, demonstrou otimismo. “A dinâmica é virtuosa”, disse. “Por mais que tenha jogo de forças, queda de braço, na hora do voto, teremos a reforma aprovada”, afirmou.

Ele lembrou que a aprovação da proposta interessa a todos os governos: União, Estados e municípios. “Nós somos responsáveis pelo nosso próprio destino e vamos tomar decisão certa”, comentou. “Acredito que reforma será aprovada por nossos representantes”, disse.

Guedes também minimizou qualquer atrito com Maia. O ministro lembrou que, quando eleito para a presidência da Câmara há dois anos, Maia já defendia a reforma da Previdência. “Por que Maia seria contra a reforma agora?”, questionou.

O ministro também voltou a colocar a necessidade de garantir uma reforma com economia de R$ 1 trilhão em uma década. Abaixo disso, segundo ele, o Congresso “começa a entrar” em recursos das futuras gerações e não seria possível lançar o novo regime de capitalização.