Mercado reduz projeção para inflação e PIB

O mercado reduziu pela oitava semana consecutiva a projeção de inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, para este ano. Segundo a pesquisa semanal feita com analistas e consultores financeiros pelo Banco Central, a projeção de IPCA para 2003 caiu de 10,62% para 10,13%.

As projeções dos analistas, no entanto, ainda apontam índice bem acima da meta ajustada do BC para o ano, que é de 8,5%. Para julho, os analistas reduziram a previsão de 0,70% para 0,40% e, para agosto, continuam apostando em 0,60%.

No mês passado, o índice medido pelo IBGE apontou deflação de 0,15%. Já este mês, o índice deve receber uma pressão dos reajustes de preços administrados, como telefone e energia elétrica.

A expectativa de inflação para 2004 foi reduzida de 6,55% para 6,50%. A meta do governo para o próximo ano é de uma taxa de 5,5%, com possibilidade de variação de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.

A estimativa de inflação para os próximos 12 meses passou de 7,04% para 6,50% em uma semana.

Economia estagnada

As estimativas para crescimento da economia também continuam sendo reduzidas. O mercado baixou a previsão de expansão no PIB (Produto Interno Bruto) em 2003 de 1,59% para 1,55%, mas manteve a projeção de avanço de 3% em 2004.

A estimativa de saldo para a balança comercial em 2003 subiu de US$ 17,3 bilhões para US$ 17,4 bilhões, enquanto a de 2004 caiu de US$ 15,15 bilhões para US$ 15 bilhões.

Foram mantidas as previsões de entrada de recursos no país por meio de investimentos estrangeiros diretos, em US$ 9 bilhões em 2003, e reduzidas as estimativas para 2004, de US$ 12,6 bilhões para US$ 12 bilhões.

A previsão de taxa de câmbio para o final deste ano passou de R$ 3,20 para R$ 3,15 e a perspectiva para o juro caiu de 20,13% ao ano para 20%. Para o final de julho e agosto, o mercado projeta juro de 24,50% e 23,50%, respectivamente, ante estimativas de 24,76% e 23,80%. O juro básico da economia está em 24,5%.

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