Mercado já trabalha com queda da Selic

Os analistas do mercado financeiro esperam uma redução menor da taxa básica de juros da economia, a Selic, para este mês. Até a semana passada, a expectativa era de que a queda fosse de 0,5 ponto percentual na reunião mensal do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Agora, a previsão é de um corte de apenas 0,25 ponto percentual na taxa, que hoje está em 19,75% ao ano.

Para o final do ano, os analistas esperam que a Selic recue para 18%, segundo o boletim Focus, divulgado ontem pelo BC. Na ata da última reunião do Copom, os diretores do BC afirmaram enxergar um cenário mais positivo para a evolução da inflação futura.

Sobre as expectativas de inflação, elas voltaram a recuar. O mercado prevê que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) será de 5,23% neste ano, contra 5,26% do levantamento anterior. É a décima sexta revisão para baixo. O BC persegue uma inflação medida pelo IPCA de 5,1% em 2005.

Para o ano que vem, a expectativa do mercado também teve um leve recuo, passando de 4,90% para 4,85%, o quarto consecutivo. A meta de inflação em 2006 é de 4,5%.

A previsão para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) teve um leve recuo, passando de 2,54% para 2,36%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), a expectativa passou para 2,17% – era de 2,66%.

Sobre o crescimento da economia, a expectativa cresceu para 3,20% para 2005, contra 3% da previsão anterior. A mudança ocorre após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo semestre, que teve um crescimento de 1,4%, acima do esperado. No ano passado, a economia teve um crescimento de 4,9%.

Já a previsão para o crescimento da produção industrial ficou praticamente estável, passando de 4,50% para 4,48%.

As expectativas em relação ao superávit comercial – saldo positivo entre exportações e importações – ficaram estáveis. Os analistas esperam um saldo positivo de US$ 40 bilhões neste ano, mesma previsão do levantamento anterior. No ano passado, o saldo comercial ficou positivo em US$ 33,696 bilhões.

Ainda de acordo com o boletim Focus, o mercado manteve em R$ 2,48 a cotação esperada para o dólar até o final do ano. Para o final deste mês, os analistas esperam que moeda norte-americana termine cotada a R$ 2,38.

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