Mercado já prevê inflação abaixo de 6%

A previsão de inflação dos analistas de mercado está mais próxima do objetivo do Banco Central, que é uma inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de 5,1%. A expectativa está em 5,94%, de acordo com o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC. Na semana passada, era de 6,05%.

Há sete semanas a expectativa dos analistas está em queda. Para 2006, a projeção é de uma inflação de 5% – a meta do BC para 2006 é de 4,5%.

Os indicadores de inflação da FGV (Fundação Getúlio Vargas) também apresentaram queda. A previsão do IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) passou de 5,15% para 4,75%. Já a expectativa do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) caiu para 5,94%, ante 6,05% na semana anterior.

Os analistas prevêem também que o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) irá manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 19,75% na reunião de julho. A taxa foi elevada por nove vezes entre setembro e maio deste ano. O BC promoveu essa política de aperto monetário para conter o consumo e controlar a inflação.

Até o final do ano, o mercado espera que a taxa irá cair para 18%. Para o ano que vem, o previsão é de uma taxa Selic de 16,5%.

Crescimento

O mercado manteve a expectativa de crescimento da economia em 3% em 2005. No ano passado o PIB (Produto Interno Bruto) teve um crescimento de 4,9%.

Já a previsão para o crescimento da produção industrial é de 4,10%, pouco acima do registrado no levantamento anterior – 4,07%.

Para o comércio exterior, os analistas elevaram a previsão de superávit comercial – saldo positivo entre as exportações e as importações – de US$ 35 bilhões para US$ 35,45 bilhões. Na última sexta-feira, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse que o saldo comercial deve superar os US$ 35 bilhões. No ano passado, foi de US$ 33,696 bilhões.

Ainda de acordo com o boletim Focus, o mercado reviu para baixo a expectativa da cotação do dólar para este mês, de R$ 2,45 para R$ 2,40. Para o final do ano, os analistas esperam um dólar cotado a R$ 2,60, ante R$ 2,65 na semana anterior.

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