Mercado eleva previsão para taxa Selic

Brasília – A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir os juros em apenas um ponto porcentual foi acompanhada por uma elevação das estimativas de mercado para a taxa a ser praticada no final do ano de 17,10% para 17,32%. De acordo com a pesquisa semanal feita pelo Banco Central com um grupo de 80 instituições financeiras e empresas de consultoria, o aumento do conservadorismo não chegou a contaminar as expectativas para o fim de novembro e nem mesmo as de dezembro de 2004. As projeções continuaram a embutir uma previsão de queda de mais um ponto porcentual na reunião do Copom marcada para os dias 16 e 17 do próximo mês.

A elevação do conservadorismo do mercado constatada na pesquisa divulgada hoje tampouco foi suficiente para reverter a trajetória de queda das estimativas de juros ao final do próximo ano. Numa segunda queda consecutiva, as projeções saíram dos 14 60% da pesquisa divulgada na semana passada para 14,50%, contra os 15% estimados quatro semanas atrás.

Mesmo com a expectativa de juros mais baixos, as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 continuaram estáveis nos mesmos 3,20% do levantamento anterior.O porcentual ainda é menor do que os 3,5% contidos na proposta de orçamento do próximo ano já encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.

As estimativas para a taxa de câmbio no fim do corrente ano recuaram, ao mesmo tempo, de R$ 3,02 para R$ 3. As projeções de superávit da balança comercial, em contrapartida, permaneceram estáveis nos mesmos US$ 22 bilhões da pesquisa divulgada semana passada. O mercado reduziu sua previsão de câmbio de 2004 de R$ 3,24 para R$ 3,19, mas não deixou de elevar as projeções de superávit da balança comercial de US$ 16,80 bilhões para US$ 17 bilhões no próximo ano.

As expectativas para o resultado da conta corrente em 2004 apontaram para um déficit de US$ 4,08 bilhões, contra a estimativa anterior de US$ 4,40. O superávit em conta corrente estimado para 2003 foi elevado, na mesma pesquisa, de US$ 1 bilhão para US$ 1,3 bilhão.

Voltar ao topo