Mercado eleva previsão do IPCA para 2008 para 4,37%

A previsão para a inflação em 2008, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,29% para 4,37%, segundo a sondagem semanal do Banco Central com cerca de 100 instituições financeiras, conhecida como Relatório Focus. É a primeira vez que a pesquisa traz as previsões dos analistas para o ano de 2009.

Para o ano que vem, a projeção do mercado ficou em 4,15%. O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação. O centro da meta de inflação para 2008, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4 5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Em relação à taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, o mercado elevou a previsão para o fim deste ano, passando de 11,13% ao ano para 11,25%. Atualmente, o juro básico no País está em 11,25% ao ano, o que mostra que o mercado financeiro não trabalha com nenhuma redução de juro pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 2008. Porém, em 2009, o Copom deve retomar a trajetória de queda dos juros, com a Selic encerrando o ano que vem em 10% ao ano.

Em relação ao câmbio, o mercado manteve, pela nona semana consecutiva, a previsão de que o dólar encerre 2008 cotado a R$ 1,80. Para 2009, a previsão também foi mantida, pela quinta vez seguida, em R$ 1,90.

Nos números referentes ao crescimento da economia brasileira, o mercado financeiro manteve, pela quarta semana seguida, a projeção de 4,5% para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, mas promoveu uma pequena redução na previsão do PIB de 2009, que passou de 4,06% para 4,03%. O mercado espera um crescimento da produção industrial brasileira ainda maior em 2008. Segundo projeções do mercado, a indústria deve crescer 5% este ano (ante estimativa de crescimento de 4,8% na semana passada). Já para 2009, a expectativa é de que a indústria cresça 4,5% (mesma projeção anterior).

Quanto à balança comercial brasileira, a previsão do mercado é de um superávit de US$ 30 bilhões em 2008, valor menor que os US$ 30,60 bilhões estimados na semana passada, e saldo negativo de US$ 5 bilhões na conta corrente deste ano – também superior ao montante estimado na semana passada de US$ 4,75 bilhões negativo. Para 2009, o saldo positivo da balança comercial deve ser de US$ 25,8 bilhões e a conta corrente deve encerrar o ano que vem com déficit de US$ 10,78 bilhões. A projeção para os investimentos estrangeiros diretos (IED) permaneceu em US$ 28 bilhões para 2008 e em US$ 25 bilhões em 2009.

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