Mercado de automóveis em plena expansão

Foto: Arquivo/O Estado

No acumulado do ano, setor teve crescimento de 11,16%. Em setembro, houve queda de 11,04%.

O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze, projeta um crescimento de 11% para o mercado de automóveis de passeio e comerciais leves em 2006, na comparação com 2005, quando o mercado apresentou licenciamento de 1,620 milhão de veículos. Se confirmada a previsão, o resultado deverá consagrar 2006 como o segundo melhor da história do setor.

Para 2007, a expectativa é de uma redução do ritmo, com crescimento de 8%. A projeção leva em conta um aumento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. ?Essa é uma previsão conservadora e poderá ser modificada com a consolidação do novo governo, seja quem for o eleito?, comentou.

Segundo o executivo, mesmo com um ritmo de crescimento menor, o ano de 2007 deverá ser o melhor da história, ultrapassando o recorde de 1997, quando foram licenciados 1,873 milhão de automóveis de passeio e comerciais leves.

De acordo com Reze, entre os entraves para uma expansão maior do setor estão os altos tributos que incidem sobre os automóveis. Segundo a entidade, 30,60% do preço de venda do carro tipo 1.0 é referente a impostos. No caso dos modelos 1.6 a 1.8, o porcentual é de 34,60%.

Para os automóveis 2.0, a tributação é de 36,60%. No caso dos comerciais leves, como os modelos utilitários esportivos SUV (minivans e versões de peruas), a tributação chega a 48,60%. ?Na Europa, a tributação média é de 14%, o que, se fosse aplicado no Brasil, aumentaria o acesso do consumidor brasileiro?, disse Reze.

Licenciamento

A queda de 11,04% no licenciamento de veículos de passeio e comerciais leves, registrada em setembro, em relação a agosto, deveu-se ao número menor de dias úteis do mês passado e não mostra uma tendência, avalia Reze. O executivo destacou que, no acumulado do ano, o setor registrou um crescimento de 11,16%. ?A economia não se alterou em nada, apesar das eleições, o que é muito bom para o setor?, comentou.

Na opinião do presidente da Fenabrave, o Brasil está numa rota de estabilização, ?o que dá maior tranqüilidade para o empresariado?. Segundo o executivo, o crescimento do setor está atrelado à redução da taxa de juros, à ampliação nos prazos de financiamento e ao lançamento de novos produtos.

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