Mercado “compra” otimismo e projeta crescimento

O mercado financeiro elevou mais uma vez a estimativa de crescimento da economia e do superávit da balança comercial neste ano. A projeção é de que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 3,57% e que a balança termine 2004 superavitária em US$ 29 bilhões.

As expectativas fazem parte de pesquisa realizada semanalmente pelo Banco Central com as principais instituições financeiras do País. Na semana passada, os economistas previam um superávit de US$ 28 bilhões, acima da meta do BC, que é de US$ 24 bilhões. O governo também espera expansão de 3,5% para a economia neste ano. No entanto, nos últimos dias os ministros Antônio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) fizeram previsões mais otimistas.

O mercado também melhorou a estimativa para o saldo em transações correntes. Enquanto no começo do ano as perspectivas eram de déficit, agora se espera um superávit de US$ 6 bilhões, puxado, principalmente, pelo bom resultado da balança comercial e pelo crescimento das exportações. A meta do governo é vender ao exterior cerca de US$ 88 bilhões em 2004.

No ano, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, já elevou em pelo menos duas ocasiões as metas do ministério para o crescimento das exportações neste ano. Além disso, o saldo da balança comercial, ao contrário de outros anos, não está mais calcado somente na queda do fluxo de importações que, ao contrário, tem crescido nos últimos meses.

O câmbio próximo a R$ 3 também ajudou a estimular as exportações. No ano passado, o Brasil exportou US$ 73 bilhões e fechou o ano com superávit de mais de US$ 24 bilhões na balança comercial.

As instituições financeiras, no entanto, ainda não melhoraram as estimativas para o nível de investimentos estrangeiros no País, que permanece em US$ 10 bilhões, abaixo da expectativa do Banco Central, que é de US$ 12 bilhões. Um aumento nos investimentos, principalmente no setor de infra-estrutura, é considerado fundamental para dar sustentabilidade ao crescimento da economia nos próximos anos.

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