Meirelles diz que País pode cumprir meta de inflação

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que vai continuar a mirar o centro da meta de inflação, de 5,5%, quando for decidir sobre as taxas de juros do País. Segundo ele, nem a recente alta dos preços no atacado registrada em fevereiro justificaria uma mudança na meta. A taxa de juros está hoje em 16,25% ao ano.

Meirelles criticou os economistas que têm defendido ser necessário aumentar a inflação para haver maior crescimento. “Se inflação alta fosse sinônimo de crescimento, estaríamos muito bem, posso assegurar.”

Embora considere que o regime de metas esteja sujeito a “aperfeiçoamento no médio prazo”, o presidente do BC afirmou que ele, “tal qual está sendo aplicado hoje pelo BC, é o que melhor se ajusta à probabilidade de se estabelecer o crescimento sustentado para este e para os próximos anos”.

Para Meirelles, a meta de inflação é importante porque reforça a estabilidade macroeconômica, atraindo maior confiança e investimentos. “O investimento depende de estabilidade e previsibilidade. E o crescimento depende da retomada do investimento.”

Para Meirelles, o Brasil está mais preparado para enfrentar choques externos porque a previsão é de que a relação dívida pública/ PIB (Produto Interno Bruto) caia, chegando em 40% no fim desta década. Ele destacou o fato, por ele classificado como “histórico na economia brasileira”, que foi o crescimento econômico conjugado com um saldo comercial crescente.

O presidente do Banco Central participou ontem de um almoço-palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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