Meirelles diz que juros vão cair gradualmente

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, desembarcou domingo na Basiléia (Suíça) para se encontrar com as principais autoridades monetárias do planeta com uma curta mensagem: o Brasil melhorou seus fundamentos econômicos e agora a prioridade é o crescimento dentro da meta de inflação de 5,5% este ano. Para isso, o presidente do BC considera desnecessário mudanças de orientação na condução econômica, inclusive no ritmo de redução das taxas de juros que este ano ainda não baixaram apesar de intensas pressões.

Ao seu ver, o país não pode desviar de caminho “quando as coisas agora estão dando certo” . Segundo o presidente do BC, “temos que persistir e continuar na rota virtuosa, de aumento da taxa potencial de crescimento, diminuição gradual dos juros e da melhora do perfil da dívida pública”. Depois de constatar “não haver dúvida de que todos nós brasileiros desejamos taxas de juros menores” , Meireles reiterou que “taxa de juros sozinha não define crescimento, e condições objetivas de crescimento vão muito além de política monetária” .

“Tambem sou Palocci e não abro” , afirmou com humor, numa referência as declarações do ministro chefe da Secretaria de Comunicação do Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, para indicar apoio a toda estratégia econômica do governo Lula, sob críticas diante dos resultados da economia no ano passado.

Meirelles insistiu que estão sendo criadas as condições para retomar o crescimento, e que são elas que definem o risco macroeconômico do País e, em última análise, a taxa de juros. Indagado até que ponto o risco-país justamente é afetado pela crise de corrupção deflagrada em Brasília, o presidente do BC foi sucinto: “Hoje, o Brasil está em condições de enfrentar dificuldades pontuais externas ou internas sem abalos graves” .

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