O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sinalizou que pode acabar com o programa de desonerações iniciado no governo anterior, mas que uma decisão sobre o tema, se tomado, será feito de forma paulatina. “Durante o correr do ano, vamos analisar todos os programas de isenções, conforme forem ocorrendo os vencimentos”, disse há pouco o ministro. “Isso é algo que precisa ser feito com calma, com naturalidade”, continuou, acrescentando que não se tratava, portanto, de um anúncio ainda.

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Essa decisão de atuar com parcimônia em relação às desonerações se dará, de acordo com ele, porque é preciso verificar a eficácia das medidas. “Uma das regras econômicas básicas é fazer medidas sustentáveis e evitar mudanças abruptas na economia”, declarou, lembrando que essa máxima vale ainda mais para períodos em que economias estão saindo de uma recessão, como é o caso brasileiro neste momento. “Não é bom fazer mudanças de política econômica em momentos de retomadas. Vamos devagar que estou com pressa”, ilustrou o ministro.

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Meirelles defendeu que é importante na economia que não haja “idas e voltas” constantes. Prova de que pensa assim, segundo ele, é que o atual governo não tem se precipitado com medidas de curto prazo que depois precisem ser revertidas. E mais uma vez ele citou o foco do governo no longo prazo, como nos casos da aprovação da PEC do teto dos gastos e do início das reformas.

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O ministro falou com jornalistas após a reunião financeira do grupo dos 20 países mais ricos do mundo (G-20) realizada desde ontem em Baden-Baden, na Alemanha.