Médicos quer implantação da Classificação Hierarquizada

O Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) já começou a realizar uma série de contatos com operadores e planos de saúde, para que passem a implantar a Classificação Hierarquizada de Procedimento Médicos (CBHPM). A informação é do presidente da entidade, Mário Antônio Ferrari.

A CBHPM torna obrigatório, para os planos de saúde, o pagamento de honorários médicos e o atendimento seguro de seus pacientes, que é a principal reivindicação dos representantes dos médicos no Brasil. No final de junho uma negociação foi realizada, mas os médicos decidiram não acolher a oferta. Além disso, decidiram também por continuar negociando individualmente com as empresas de autogestão.
“Há dez anos não recebemos reajuste das operadoras e seguradoras de saúde. Por isso estamos na luta para que seja implantada a classificação de honorários médicos”, diz.

Segundo Ferrari, o Simepar continua orientando os médicos paranaenses para que atendam os usuários de seguros-saúde pelo sistema de reembolso, com exceção dos casos de emergência. Nas consultas, os médicos cobrarão dos usuários de seguro-saúde R$ 50,00 e nos demais atos médicos (clínicos e cirúrgicos) o valor cobrado será baseado na classificação, com emissão de recibo para que estes valores lhes sejam restituídos pelas seguradoras. As restrições de atendimento podem alcançar ainda outros planos de saúde, como os de auto-gestão e medicina de grupo. “As consultas que formos realizar serão cobradas e a operadora terá que pagar pelo reembolso. Esse impasse não pode continuar, quem não pode sair prejudicado é o paciente”, diz.

Pensão

Além dessas discussões, o Simepar será um dos primeiros no Estado a aderir a uma nova modalidade de fundo de pensão no Brasil. Trata-se da previdência associativa, que é um instrumento de complementação da aposentadoria.

De acordo com Mário Ferrari, as negociações com a Petros, segundo maior fundo de pensão do País, estão em fase de conclusão e, em breve, os médicos paranaenses terão a oportunidade de participar deste benefício. “Essa adesão à previdência complementar é importante porque hoje a classe médica passa por dificuldades e tem sua renda diminuída, enfrentando os mesmos problemas de outros profissionais”, diz. O Simepar vai atuar como instituidor, ou seja, vai instituir um plano de benefícios junto a uma estrutura já existente, no caso, a Petros.

Ferrari também destacou que os fundos instituídos tem contribuição definida para os benefícios da aposentadoria, e a gestão do fundo será confiada a especialistas. “É uma novidade que está praticamente certa no Paraná. Inclusive o ministro da Previdência Social, Amir Lando, já destacou as vantagens dessa alternativa”, afirmou.

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