A média salarial do Brasil, do Paraná e da Região Metropolitana aumentou no ano de 2003, comparado com o ano anterior. O dado é da Coordenadoria de Pesquisa e Relações do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social SETP, que acaba de concluir um estudo baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
O trabalho comparou o salário dos admitidos no ano de 2003 e o salário atualizado dos admitidos do mesmo período do ano de 2002. No Paraná, a média salarial ficou 3,1% acima da média do ano de 2002. Isso representa um desempenho um pouco acima do nacional, que em 2003 apresentou um crescimento de 2,2% em relação à 2002.
Para o economista da CRT, Ruy Costa Silva, o aumento salarial acontece por causa da baixa da inflação. “Se a inflação permanecer em patamares baixos é provável que os trabalhadores consigam modestos ganhos em seu rendimento médio porque com a redução das taxas inflacionárias os salários deixam de perder poder aquisitivo”, assegura.
Os números do Paraná mostram que o aumento foi maior no comércio, que conseguiu um acréscimo no poder aquisitivo dos trabalhadores de 4,5%. Em 2002, o salário médio desse setor era de R$ 362,51 (valor atualizado) e em 2003 o salário passou para R$ 378,98.
Segundo o economista os números ajudam a criar um panorama otimista para o Estado. “Além do sensível aumento de admissões constatado no Paraná através dos dados do Caged, ainda percebemos o aumento na média salarial”, observa.
“A situação do comércio com índices positivos no Paraná é resultado do desempenho do agronegócio, do setor exportador e da desmonetização tributária promovida pelo governo do Estado. Porém, se não houver uma continuação na modernidade da economia, para não haver retrocesso principalmente no Paraná, podemos perder esses índices positivos” declarou o presidente da Associação Comercial do Paraná, Marcos Domakoski.
Os valores do rendimento médio resultam da comparação entre os salários de 2003 e os salários de 2002, atualizados pelo Índice de Preço ao Consumidor – IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Fipe, que em 2003 atingiu o índice acumulado de 8,17%.