Mantega prevê 7,8 milhões de empregos

Crescimento de 18,1% do PIB e 7,8 milhões de empregos até 2007. Essas previsões foram feitas pelo ministro do Planejamento Guido Mantega durante a apresentação do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) para os próximos quatro anos.

Com base nos últimos números sobre o crescimento da indústria em setembro, o ministro fez uma análise das perspectivas da economia a partir de 2004, projetando taxas de crescimento de 0,93% neste ano e 3,5% em 2004 até chegar a 5% em 2007. Ainda assim, ele disse que os números são conservadores e o País pode até crescer mais nos próximos anos.

“Esse seja talvez até um patamar modesto. O potencial é maior, mas é melhor errar para menos que para mais”, disse o ministro, referindo-se aos parâmetros para elaboração do PPA.

Sobre a taxa de inflação prevista para o período, Mantega previu que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará 2003 em 9,1%, e, em 2004, alcançará um patamar entre 5,5% e 6%, declinando até 4% em 2007. “Finalmente poderemos concretizar nosso sonho de crescimento com estabilidade”, projetou.

Superávit

A possibilidade de o Brasil ultrapassar a meta do superávit primário neste ano está descartada, segundo o ministro do Planejamento, Guido Mantega. A meta de superávit primário – economia do governo para o pagamento de juros da dívida pública – acertada com o FMI (Fundo Monetário Internacional) é de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

Segundo Mantega, os cerca de R$ 2,9 bilhões de economia extra neste ano – que estavam previstos até a semana passada, quando foi anunciado o novo acordo com o FMI – serão gastos pelos ministérios até o final de 2003 e também serão usados para atender emendas de parlamentares ao Orçamento.

“Neste ano não será feito uma economia maior do que 4,25% do PIB. Posso dizer que não vai sobrar. No final do ano não teremos R$ 2,9 bilhões de folga”, afirmou.

Durante o anúncio do novo acordo com o FMI, na semana passada, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, havia dito que essa sobra seria abatida do superávit primário do ano que vem. Ou seja, o superávit de 2004 seria menor.

De acordo com Mantega, a folga não impedirá que no próximo ano a meta do superávit primário seja inferior a 4,25%. O ministro não indicou, porém, de quanto seria a redução do superávit.

Na proposta orçamentária do governo para 2004 enviada ao Congresso, a meta permanece em 4,25% do PIB.

Parceria

O projeto de lei que regulamenta a PPP (Parceria Público-Privada) será enviado hoje ao Congresso. A informação é do ministro do Planejamento, Guido Mantega. De acordo com o ministro, os detalhes finais do projeto serão acertados com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“O projeto de PPP será entregue amanhã (hoje) ao Congresso. O cerne do projeto é permitir que o setor privado faça investimentos em infra-estrutura”, disse Mantega.

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