Mantega afirma que meta de inflação de 4,5% evita ‘pé no freio’

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, enquanto permanecer reduzindo a taxa básica de juros, a Selic, o Banco Central (BC) pode perseguir objetivos abaixo do centro da meta de inflação, fixada em 4,5% até 2009. Mantega acha que a Selic pode ser gradualmente reduzida até o nível em que corresponda à taxa básica norte-americana, os Fed Funds, mais o risco Brasil.

"Esse é o limite natural", disse Mantega, observando que captações de empresas brasileiras avaliadas como AAA em reais no mercado internacional, com juros de 8,6%, já estão próximas desse nível mínimo. "É um equívoco o mercado achar que eu quero um pouco mais de crescimento a custo de mais inflação", disse Mantega.

Na verdade, o objetivo não é turbinar a economia para que dispare além do atual nível de crescimento, que, na avaliação dele, já está em torno de 4,5%. "Nós já alcançamos a velocidade de cruzeiro e isso não vai gerar inflação, na minha opinião. Acho melhor crescer entre 4,5% e 5% ao longo de vários anos do que ter ciclos explosivos", disse o ministro.

Mantega considera que parte dos economistas do mercado financeiro que criticaram a meta para 2009 "segue a cartilha na qual sempre se deve manter algum aperto na política monetária, algo meio por dever de ofício". Ele acrescentou que quem faz a relação entre mais crescimento e mais inflação são os economistas conservadores. "Nós conquistamos a feliz situação de mais crescimento com inflação mais baixa", disse.

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