Manifestação da CUT por mudanças na economia

Um pequeno grupo de sindicalistas e representantes de classe participou ontem pela manhã, em Curitiba, do Dia Nacional de Mobilização e Lutas. A mobilização, marcada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Coordenação dos Movimentos Sociais, aconteceu em todas as capitais brasileiras e, na capital paranaense teve a baixa adesão creditada ao mau tempo. Na pauta das reclamações, o pedido de mudanças na política econômica do governo federal.

O grupo se reuniu na praça Santos Andrade, no centro da capital, e com cartazes e faixas, tentou chamar a atenção da população para suas reivindicações. Os manifestantes seguiram em passeata pela Rua XV de Novembro até a Boca Maldita, onde realizaram um ato público. O presidente da CUT do Paraná, Roni Barbosa, afirma que o objetivo da mobilização é sensibilizar o governo da necessidade de mudanças na política econômica, que terá reflexo significativo na geração de empregos. “Nós entendemos que o governo conseguiu alguns pontos positivos no sentido de recuperar a economia, porém esses resultados ainda não são expressivos para resolver os problemas do País, como o desemprego”, disse Barbosa.

A CUT defende a redução da jornada de trabalho, de 44h para 40h semanais, sem redução salarial. A adoção dessa política poderia gerar 2,8 milhões de novos postos de trabalho no País, dos quais 200 mil só no Paraná. Para o presidente da APP-Sindicato de Professores de Ponta Grossa, Sebastião de Rocco, o governo só terá condições de repor a defasagem salarial dos trabalhadores no final do mandato. Mas antes disso, opina, precisa adotar medidas que melhorem a vida da população. “Isso estaria ligado, por exemplo, à redução da jornada, pois no caso dos professores, eles teriam tempo para dedicar ao aperfeiçoamento profissional”, comentou.

São Paulo

Manifestantes ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) interditaram no início da tarde de ontem duas faixas da avenida Paulista, no sentido Consolação, centro de São Paulo.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), houve um grande congestionamento nas vias da região.

Batizado de “Dia Nacional de Lutas e Mobilizações por Mudanças na Política Econômica”, o protesto pediu, entre outras reivindicações, a redução da taxa de juros.

Brasília

Em protesto por mudanças na política econômica do governo Lula, trabalhadores organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) queimaram em frente ao Ministério da Fazenda uma bandeira dos Estados Unidos estilizada, com o nome do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Principal alvo das críticas dos manifestantes, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, não estava no prédio na hora da manifestação, mas em reuniões internas no Palácio do Planalto.

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